Em entrevista no Tarde Nacional desta segunda-feira (25), Helen Pedroso, diretora de Relações Institucionais da Rede Brasil do Pacto Global, da Organização das Nações Unidas (ONU), falou sobre um estudo realizado em razão do movimento #MenteEmFoco. A iniciativa, idealizada pela InPress Porter Novelli, com o endosso científico da Sociedade Brasileira de Psicologia, convida empresas e organizações brasileiras a agir em benefício dos trabalhadores e da sociedade no combate ao estigma e ao preconceito social em relação à saúde mental.
O trabalho tem conclusões alarmantes. A saúde mental dos trabalhadores piorou durante a pandemia e o estudo aponta que 70% estão nervosos, tensos ou preocupados e sem apoio profissional. A tristeza, o estresse e a ansiedade também afetam os colaboradores, com a ansiedade acentuada sendo citada por 55%, o estresse (51%) e a tristeza (49%), respectivamente. Entre as pessoas ouvidas, 62% disseram que a empresa onde trabalham não ofereceu qualquer suporte relacionado à saúde mental durante o período da pandemia. Acumulam mais sintomas os jovens de até 34 anos, segundo o levantamento.
"A Organização Mundial da Saúde tem trazido que a questão da saúde mental será a próxima pandemia", fala ela durante a entrevista sobre um tema que acredita ser urgente.
Já aderiram à iniciativa 38 empresas, com mais de 200 mil empregados. Elas se comprometem a ter profissionais de referência para atendimento e aconselhamento e a promover ações em favor da saúde mental e da redução do estigma. A meta é superar mil empresas e 10 milhões de pessoas até 2030. As empresas que se tornarem signatárias do movimento, firmam o compromisso de implementar ações sólidas para a promoção da saúde mental. Entre essas ações estão ter um profissional de referência para aconselhamento e atendimento; oferecer orientação e manejo de crises; garantir a avaliação permanente dos colaboradores, entre outras.
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