Os estudos vêm sugerindo, ainda que de forma incipiente, que baixas exposições ao chumbo podem ter relação com eventos moleculares que precedem problemas neurológicos e hematológicos. Ainda que as baixas doses de chumbo não estejam diretamente relacionadas com problemas de saúde, elas podem causar alterações no DNA. Sobre esse assunto, o Tarde Nacional desta quarta-feira (6) conversou com Gustavo Barcelos, professor do Instituto de Saúde e Sociedade (ISS) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em Santos.
Na entrevista, ele comenta que essa é uma exposição de eventos molecular. Ou seja, quanto mais se expõe, mais risco tem. Quando a concentração de chumbo ultrapassa os 60 µg/dl, considerada o máximo tolerável, isso muda a forma como os genes se expressam. Não se tratando, portanto, de uma alteração genética (mutação) e sim epigenética, que significa uma mudança no padrão de expressão gênica induzida por fatores ambientais, como a exposição ao chumbo.
"São alterações moleculares que nós precisamos ligar um alerta porque nós não sabemos a longo prazo o que essas alterações podem levar ao indivíduo", afirma o professor.
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