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Estudo revela o impacto da falta de atividade física no SUS

Ouça entrevista com o professor e coordenador da pesquisa, Marco Antonio Vargas, do Departamento de Economia da UFF

Tarde Nacional

No AR em 09/11/2021 - 18:00

Em entrevista no Tarde Nacional desta terça-feira (9), Marco Antonio Vargas, professor do Departamento de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF) e coordenador executivo do estudo “Implicações socioeconômicas da inatividade física: panorama nacional e implicações para políticas públicas” falou sobre a pesquisa e sobre como a inatividade física afeta negativamente a saúde.

A pesquisa, que começou em julho de 2019, busca compreender a matemática por trás do sedentarismo, lançando luz sobre as consequências da falta de atividade física na população brasileira. O estudo se propõe como ferramenta útil para lidar com os desafios desse cenário, ainda mais crítico no contexto pós-pandemia, com o objetivo de contribuir para a formulação e implementação de políticas no campo da saúde preventiva, assim como estimular a prática da atividade física no país.

O projeto envolve uma equipe interdisciplinar de pesquisadores, coordenada pelo Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia - (In) Atividade Física e Exercício da UFF. E também contou com a participação do Laboratório de Ciências do Exercício (LACE) e do Núcleo de Pesquisa em Indústria, Energia, Território e Inovação (NIETI). O tema faz parte da agenda de pesquisas do instituto, que reúne mais de 100 pesquisadores de todo o país para tratar a inatividade física, considerada um problema nacional. A parceria com a Faculdade de Economia é um dos desdobramentos do estudo.

Entre alguns dados, 27,5% da população global não atinge níveis mínimos desejáveis de atividade física durante a semana. Especificamente na América Latina e no Caribe, 39,1% da população é fisicamente inativa. E dentre os países do bloco, o Brasil apresenta a maior prevalência de inatividade física, com 47% de sua população não atingindo os níveis mínimos recomendados. Segundo o professor, além de representar um fator de risco crescente para a saúde populacional, a maior incidência de inatividade física no mundo tem causado um aumento expressivo nos gastos com saúde, particularmente com tratamentos das doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), tais como: diabetes, hipertensão, neoplasias de cólon e mama, além de doenças isquêmicas do coração, entre outras.

A estimativa é que, em 2019, as DCNTs ocasionaram um custo de aproximadamente R$ 1,68 bilhão em internações no Sistema Único de Saúde (SUS) e, desse total, R$ 290 milhões seriam em decorrência da inatividade física.

Ouça a entrevista na íntegra clicando no player acima. 

Criado em 09/11/2021 - 20:02

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