No início da segunda metade do século XX, era comum os apresentadores de programas musicais de rádio serem chamados de disc-jóqueis. As atrações que lançaram, por exemplo, os cantores da Jovem Guarda eram comandadas por comunicadores que, a partir dos anos 1970 e gradativamente, foram assumindo modelos de programação com mais conteúdo falado e menor quantidade de músicas. Mesmo com a mudança no formato, o termo disc-jóquei ainda era usado por emissoras e ouvintes, quando se referiam aos apresentadores.
Em uma das faixas do LP "Silvio Santos e Suas Colegas de Trabalho", gravado pela RCA Victor em 1974, Silvio, que, na época acumulava as funções de apresentador de rádio e de televisão, gravou uma homenagem para os principais comunicadores radiofônicos da primeira metade dos anos 1970 nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo. A letra da música afirmava que "Haroldo de Andrade, é coisa nossa. Barros de Alencar, é coisa nossa; Paulo Giovanni, é coisa nossa...". Seguia com homenagens para Hélio de Araújo, Paulo Moreno, Omar Cardoso, Marcos Baby Durães e Odair Marzano.
Com colaboração do radialista, escritor e especialista em mercado da comunicação Fernando Morgado, o quadro 'O rádio faz história', do programa Todas as Vozes desta terça-feira (16) mostra o áudio com a homenagem de Silvio para os radialistas. Fernando e o apresentador Marco Aurélio Carvalho contam também curiosidades sobre as músicas gravadas por Silvio, inclusive as famosas marchinhas de carnaval.
O programa Todas as Vozes vai ao ar de segunda a sexta-feira, de 7h20 às 10h, na Rádio MEC AM do Rio de Janeiro 800 kHz, com apresentação do jornalista, professor e radialista Marco Aurélio Carvalho.