Digite sua busca e aperte enter

Compartilhar:

Viva Maria se solidariza com mulheres afegãs diante da volta do Talibã ao poder

Mara Régia conversa com a professora Gina Vieira Ponte, coordenadora do projeto Mulheres Inspiradoras

Viva Maria

No AR em 16/08/2021 - 22:44

Os últimos acontecimentos no Afeganistão deixaram a população mundial estarrecida. Os afegãos encontram-se agora sob o domínio do Talibã. Imagens desesperadas tomam as telas de tv , portais de notícia e redes sociais em todo o mundo mostrando as tentativas de fuga do povo afegão no aeroporto de Cabul.

Grupo extremista islâmico retomou ao poder 20 anos após ser  destituído por uma coalizão militar internacional. O medo e o terror assola principalmente as mulheres e crianças, que temem perder direitos conquistados como, inclusive, de continuar os estudos.

 A ativista paquistanesa Malala Yousafzai afirmou estar "profundamente preocupada com as mulheres afegãs, as minorias e os defensores dos Direitos Humanos". A questão é levantada também pela professora Gina Vieira Ponte, coordenadora do Projeto Mulheres Inspiradoras, que tem na figura de Malala uma de suas principais referências.

A professora comenta, aflita, sobre o retrocesso no país com a volta do Talibã."Quando a gente optou por ler o livro "Eu sou Malala", em 2014, uma das coisas que eu me recordo é da perplexidade dos meus alunos quando a Malala narra no livro como é viver debaixo de um regime autoritário como o Taibã", conta.

"As mulheres não podem ir a padaria sozinhas, porque elas correm o risco de serem estupradas, e se forem estupradas, elas serão responsabilizadas por estarem andando sem a companhia do pai, do marido ou do irmão, elas não podem frequentar o médico ou ginecologista se ele for homem porque nenhum outro homem pode examinar uma mulher , por outro lado, o Talibã entende que as mulheres não podem estudar,  se as mulheres não podem estudar, você nunca terá médicas ginecologistas". 

A gente está vendo o levante de um movimento autoritário, ultraconservador, fundamentalista religioso, que atenta diretamente contra os direitos humanos, são lideranças masculinas que fazem uma leitura muito particular do alcorão", completa.

Segundo a professora, o caso do Afeganistão é um alerta sobre a necessidade constante da luta pela democracia.

Ouça a participação da professora Gina no Viva Maria no player acima.

 

Criado em 17/08/2021 - 06:18

Mais do programa