Viva Maria está unido aos povos da floresta que relembra neste 12 de fevereiro o dia de luta em defesa da Amazônia e contra a impunidade. A data tem significado e referência no cruel assassinato de Irmã Dorothy, a missionária americana naturalizada brasileira, que tombou com seis tiros no município de Anapu, no estado do Pará, em 2005.
A comoção mundial e a mobilização popular em torno do caso foram fundamentais para que o crime não ficasse impune, mas de lá pra cá ainda são registrados muitos atos criminosos praticados por madeireiros e fazendeiros que têm seus interesses econômicos contrariados. Em entrevista ao repórter Luiz Cláudio Ferreira, da Agência Brasil, a missionária Jean Ann Bellini, da coordenação da Comissão Pastoral da Terra (CPT) atualiza a situação na região, escute no player acima.
Em memória a saudosa Irmã Dorothy, protagonista de um dos mais terríveis capítulos das histórias de violência, assassinatos, grilagem de terras, trabalho escravo e destruição que assolam a Amazônia, Marias da região de Altamira certamente estarão hoje em Anapu para participar de uma celebração ecumênica que ao longo do dia haverá de ser pontuada pelas palavras de ordem que, dentre outras coisas, motivaram nos idos de 2009 a participação de várias lideranças femininas no Fórum Social Mundial. Mais precisamente na tenda Irma Dorothy e nos estúdios da Rádio Nacional transferidos durante os dias do evento para a Reitoria da UFRA, Universidade Federal Rural da Amazônia.
Antônia Melo, do Movimento Xingu Vivo recorda o dia do assassinato de Irmã Dorothy, assim como Maria Margarida Ribeiro da Silva, da Resex Verde para Sempre e conhecida como Maria Florestal. Escute no player acima.