Sob o signo da luz, Viva Maria, antecipa a festa com a qual o mundo haverá de reverenciar a maternidade no próximo domingo 8 de maio! Contudo, nunca é demais lembrar que a maternidade é compulsória e que não existe um modelo único a ser seguido por todas as mulheres do mundo! Mãe não é tudo igual!. É preciso rejeitar as recompensas simbólicas do sacrifício maternal.
Quando criança minha avó Maria cantarolava uma canção de Inezita Barroso que dizia : Ser mãe é desdobrar fibra por fibra o coração,
É não pregar o olho a noite inteira no serão,
É andar na correria preparando mamadeira
Ao som de uma tremenda choradeira …
E ao fim do lufa lufa a canção afirmava que
Ser mãe é muito bom para um poeta inocente
Mas ele se quiser que experimente
Ir ao cinema já perdi a esperança
Não tenho em casa uma babá de confiança
E tome fralda e mamadeira pra lavar
Enquanto papaizinho vai pra rua passear
Pra meu castigo, meu consolo vejam só
Um belo dia sou chamada de vovó
Mas a verdade é prova de juízo
A gente por vontade padecer num paraíso
Pros padrões de 1956 , a música !” Ser mãe é dureza” tinha tudo a ver com a maternidade, mas felizmente, de lá pra cá , nós mulheres já podemos dizer : eu quero ser mãe / ou simplesmente não quero// Quero ser mãe , mas não quero me sacrificar pelas minhas crianças nem tampouco definir minha vida a partir disso; eu quero ser mãe, mas não quero estabelecer uma relação de dependência de afetos e práticas; eu quero ser mãe, mas não quero que todo o meu tempo livre seja para essa relação maternal; sim ,eu quero ser mãe, desde que haja a compreensão de que esta é uma tarefa a ser compartilhada, até porque Filho não é só da Mãe !! filho é cria , como diz Maria Rita na música/ É cria, criatura e criador /Cuida de quem me cuidou/
Pega na minha mão e guia !
Pegar na mão e guiar é parte do aconchego que é vital para a vida de mães e filhos e que se materializa na humanização do parto. Um tema muito caro para a amiga ginecologista Livia Martins precursora da criação de uma Casa de Parto, em Ceres, (GO).
Uma história linda e inspiradora que anos mais tarde se multiplicou em Belo Horizonte, (MG) e até em Rio Branco, (AC) na Maternidade Bárbara Heliodora.
Desde o início da década de 80 as mulheres sabem: têm voz no rádio brasileiro. Com mais de 30 anos dedicados à defesa dos direitos da mulher, o Viva Maria apresenta temas relevantes e entrevistas com personalidades que contribuem para a melhoria da vida da mulher. Em formato de programete, o Viva Maria é presença garantida na programação das Rádios EBC.
Apresentação e Produção: Mara Régia