O programa Viva Maria desta terça-feira (01) aborda o tema da baixa representatividade feminina no Brasil. Alguns dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE): No Mato Grosso, a capital Cuiabá não elegeu mulheres para o cargo de vereador. Todas as 25 vagas da Câmara de Cuiabá, no próximo mandato, serão preenchidas por homens.
A legislatura atual conta com a presença de uma mulher – a vereadora Lueci Ramos, do PSDB. E é só. Mas Cuiabá não está sozinha. Apesar de terem eleito mulheres, as demais capitais terão proporções baixas de vereadoras, a partir de janeiro do ano que vem.
Salvo Natal, cidade com a maior representatividade feminina. Oito das 29 vagas da Câmara Municipal vão ser ocupadas por mulheres. Isso significa 28% do total de vereadores, índice bem abaixo da proporção encontrada na população do país, em que 51,4% dos brasileiros são do sexo feminino.
No segundo turno, a presença das mulheres nas prefeituras também foi muito pequena. Apenas uma das 57 cidades que tiveram segundo turno, no último domingo, elegeu uma mulher para a prefeitura. As candidatas eram minoria nas disputas nesta etapa do pleito, com apenas seis representantes. Dessas, apenas Raquel Lyra (PSDB) teve êxito nas urnas, em Caruaru (PE). Vai ser a primeira mulher a governar o município pernambucano.
Diante desse quadro tão desalentador, a diretora da Agência Patrícia Galvão, Jacira Melo, aprofunda as possíveis razões para a pergunta que estamos todos a nos fazer: definitivamente, política tem gênero?
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