Oscar 2019: crítico aponta conservadorismo na vitória de "Green Book"

Na cerimônia de premiação do Oscar 2019, o longa Green Book - O Guia saiu como vencedor de melhor filme do ano. Apesar de o Oscar ter premiado mais mulheres e afro - americanos, como foi o caso do diretor Spike Lee, que garantiu o título de melhor roteiro adaptado por "Infiltrado na Klan", o resultado gerou forte repercussão entre o público.

Em entrevista ao Arte Clube, o crítico de cinema e membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise, Luiz Fernando Gallego, fala sobre os resultados do Oscar desse ano. "Eu tenho impressão de que havia expectativa política maior do que acontece de fato na votação da academia. O filme já tinha sido escolhido como melhor filme pelos Sindicato dos Produtores e isso é uma indicação muito forte. Eu tenho a impressão que as pessoas realmente esperam da votação de tantos membros da academia um resultado mais político que daria preferência ao filme do Spike Lee, por exemplo. Mas a academia é muito conservadora, já mudou alguma coisa, mas a tendência é muito mais conservadora. E o 'Green Book' é um filme correto do ponto de vista de uma ficção bem tradicional", explica o crítico.

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Apontado como o mais forte concorrente, "Roma" foi eleito como melhor filme estrangeiro, que também garantiu a Alfonso Cuarón a estatueta de melhor direção pelo longa. A britânica Olivia Colman conquistou o prêmio de melhor atriz, pelo trabalho em "A Favorita". E Rami Malek foi eleito melhor ator, por dar vida ao cantor Freddy Mercury em "Bohemian Rhapsody".

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