Digite sua busca e aperte enter

Compartilhar:

Crise hídrica sob o ponto de vista da cultura e da educação indígena

"Nosso país tem falta d'água há tempos. A diferença é que agora, ela

Bate-Papo Ponto Com desta segunda-feira (26) discutiu a escassez de água sob o ponto de vista da cultura e educação dos índios. O articulador indígena, Anápuáka Muniz Tupinambá, participou do programa e explicou o significado da água para os povos tradicionais. 

 

Para começo de conversa, Anápuáka, que é também um dos fundadores da Rádio Yandê esclareceu que diferente das provocações feitas, os índios não fazem dança da chuva.  "Isso é ofensivo ao povos indígenas. Ouço desde que sou criança. Da mesma forma que os povos indígenas tomam conta de suas nascentes, essa dança existe para agradecimento. Gostariamos, sim, que nós tivéssemos esse controle da chuva", destacou. 

 

O indígena fez um paralelo com a história da água e atual situação dos rios e também ressaltou a importância da água para todos os seres e os rituais feitos com esse recurso. "O sagrado não é só para o indígena, pois outras culturas também se utilizam desta prática, seja para o batismo, seja para ritos em cachoeiras", exemplifica. Sobre a situação atual dos recursos hídricos, o indígena ressaltou o desperdício no consumo. "Nós indígenas também degradamos o meio ambiente. Mas como somos povos nômades, mudamos muito para não desgastar a fonte e o solo".

 

Com apresentação de Cadu Freitas, o Bate-Papo Ponto Com vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 11h às 12h, pela rádio MEC AM do Rio de Janeiro. Se preferir, ouça também ao vivo, aqui pelo site das Rádios EBC



Criado em 26/01/2015 - 16:33 e atualizado em 27/01/2015 - 11:02