O Brasil Rural desta sexta-feira (08) entrevistou Edmar Maciel Lima Junior, coordenador da pesquisa pesquisador do Instituto Dr. José Frota, ligado à Universidade Federal do Ceará (UFC). Ele falou de uma pesquisa sobre o uso de pele do peixe tilápia no tratamento de queimaduras.
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O estudo de quase cinco anos verificou inicialmente a semelhança com a pele humana, em relação à quantidade do colágeno tipo-1. Essa proteína é muito importante no processo de cicatrização.
Segundo Edmar, esta é a primeira pele animal que o Brasil deve usar no tratamento. Além disso, é a primeira aquática no mundo.
O coordenador afirmou que no Brasil há quatro bancos de pele, que suprem menos de 1% da quantidade necessária para tratar queimaduras.
A grande vantagem da pele da tilápia é que ela fica na ferida até cicatrizar, sem haver necessidade de troca de curativo, nas queimaduras de segundo grau. Nas profundas, a pele é renovada a cada cinco ou seis dias, ainda sem precisar mudar o curativo.
“É apenas um curativo temporário oclusivo. Enquanto o paciente melhora para ter que doar a própria pele”, declarou.
Ele acrescentou que faltam investimentos e que não há campanha de divulgação sobre os bancos de pele. Muitas pessoas não sabem que existe essa possibilidade.
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