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Conheça mais da Música Incidental, no Caderno de Música

No programa, obras de Mendelssohn, Nobuo Uematsu e Edvard Grieg

Caderno de Música

No AR em 11/06/2023 - 14:30

O Caderno de Música deste domingo (11) traz mais um programa da série “elementos da música”, que explica os diversos termos e classificações usados na música. Nesta edição, vamos falar sobre a Música Incidental. 

Também chamada de “música de cena” ou “música de fundo”, a música incidental consiste em uma obra musical utilizada para acompanhar uma peça de teatro, um filme, videogames e até programas de rádio e televisão. Ou seja, a música nesse caso está a serviço de alguma outra manifestação artística. 

É muito provável que a música de cena tenha nascido junto com o surgimento do teatro, nos dramas gregos antigos. Na era medieval, ela acompanhava as entradas e saídas nas encenações dos milagres e mistérios, além de imitar efeitos da vida real, o que acentua o simbolismo. Já no renascimento, começam a surgir as primeiras músicas de cena no sentido moderno, se popularizando principalmente devido à sua inserção nas peças de Shakespeare. 

Na virada do século XVIII para o XIX, alguns escritores, como Goethe e Schiller, escreveram obras que, de alguma forma, já previam o uso de música incidental. Neste período, começamos a encontrar alguns exemplos importantes de obras orquestrais escritas para acompanhar peças teatrais. É o caso de "Egmont", de Beethoven; "Rosamunde', de Schubert; e a música que Mendelssohn compôs para uma produção em alemão de "Sonho de Uma Noite de Verão", de Shakespeare, que foi uma das peças mais bem-sucedidas nessa transição. 

A Música Incidental pode remeter a sensação de suspense, alegria, e até evocar uma situação ou personagens específicos. A partir do século XX, ela foi amplamente desenvolvida, e com o advento da sétima arte, ela adquiriu ainda mais importância na construção dos enredos em produções audiovisuais. Nos Estados Unidos, principalmente, são empregadas diversas e numerosas orquestras especializadas em tocar música incidental, assim como compositores que contam, inclusive, com formação acadêmica específica para compor trilhas para cinema e teatro. 

E não poderíamos deixar de citar um dos exemplos de música incidental mais famosos de toda a história: a “Suíte Peer Gynt”, do compositor romântico norueguês Edvard Grieg, que neste mês estaria completando 180 anos de vida. Composta antes mesmo do amplo desenvolvimento da música incidental no século XX, a suíte “Peer Gynt” foi escrita em 1875 para compor a peça teatral de mesmo nome do dramaturgo Henrik Ibsen. A obra é baseada num herói folclórico norueguês e se tornou um verdadeiro épico nacional. 

O Caderno de Música vai ao ar neste domingo, às 14h30, na MEC FM.

Criado em 06/06/2023 - 17:44

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