Ministérios Público Federal e Estadual, Procuradoria e Defensoria Pública do Pará entraram com ação conjunta para cobrar além da indenização de R$ 71 milhões, que em 48 horas os responsáveis pelo navio Haidar apresentem um plano de retirada das quase quatro mil carcaças de bois que estão na embarcação a contaminar o Rio Pará.
O acidente ambiental ocorreu há dois meses. Essa semana, moradores da região vieram a Brasília para cobrar mais assistência. Durante audiência pública na Câmara dos Deputados, a presidente do Centro Comunitário de Vila do Conde, Késia da Costa Caetano, relatou que os moradores "ainda convivem com mau cheiro e com água poluída".
De acordo com o MPF, vários laudos comprovam danos sociais e ambientais provocados pelo desastre que geram um valor mínimo de R$ 71 milhões em indenizações. Segundo a ação, a demora na retirada do óleo e das carcaças foi uma opção da empresa contratada pelos donos da carga e do navio, para baratear a retirada do material do rio.
O valor da indenização é para reparar danos aos municípios de Barcarena e Abaetetuba, mais afetados pelo naufrágio. Contando com as indenizações individuais, o valor deve aumentar. Mas esse cálculo deve ser feito após cadastro das vítimas. A ação judicial pede ainda que continue assegurado o fornecimento de água potável, cestas básicas e salários-mínimos aos moradores prejudicados.
Também foi solicitada na ação, o bloqueio de contas das empresas brasileiras responsáveis pelo naufrágio.
Ouça outros destaques do Jornal da Amazônia 1ª Edição desta sexta-feira (18): A 1ª Conferência Nacional de Política Indigenista terminou nesta quinta-feira(17), em Brasília(DF). Mais de 800 propostas foram aprovadas no evento. Uma delas, cria o Conselho Nacional de Políticas Indigenistas com caráter apenas consultivo e não deliberativo, como queriam os índios. E mais: Começa amanhã(19), no Acre, a 4ª Edição da Feira do Peixe e Agricultura Familiar Natalina. A expectativa é que sejam comercializadas 20 toneladas de pescado.
O Jornal da Amazônia 1ª Edição vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 7h45, na Rádio Nacional da Amazônia, uma emissora da Empresa Brasil de Comunicação.
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