Mais de mil contêineres estão retidos no Porto de Manaus. A afirmação é do presidente da presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas, Cieam, Wilson Périco. De acordo com ele, o motivo é a paralisação dos auditores da Receita Federal.
Diariamente cerca de 400 contêineres são liberados no Porto de Manaus. Segundo o Centro Industrial, no primeiro dia de mobilização na capital amazonense, na sexta-feira passada, apenas 14 foram liberados.
Segundo Wilson Périco, os primeiros prejuízos acontecem por causa do tempo de armazenagem das mercadorias. Mas o maior risco é caso as linhas de produção parem por falta de insumos. O que traria um prejuízo diário de mais de 200 milhões de dólares.
“Se esse movimento continuar por mais uma semana, nós vamos começar a ver linhas de produção paradas. E o pior dos casos seria todas as empresas do polo industrial parrassem, seria um prejuízo da ordem por mês de 5 bilhões de dólares. É o que nós estimamos que isso vai passar a acontecer daqui na próxima semana”, diz Wilson.
A categoria quer o cumprimento do acordo feito a quatro meses com o governo. O acerto previa o envio de um projeto de lei para o Congresso Nacional com o reajuste de 21,3% dividido em quatro anos, mais o bônus de eficiência de 3 mil reais.
O presidente do Sindicato Nacional dos Auditores da Receita Federal do Amazonas, José Jefferson Almeida, explica que a mobilização se deu por conta do descumprimento do acordo.
"A mobilização se deu por conta do descumprimento do acordo, que era o envio do projeto de lei que até agora não foi enviado”, explica José Jefferson.
De acordo com o Sindifisco Nacional, 90% da categoria está mobilizada. As terças e quintas-feiras as operações de aduana, nos principais portos e aeroportos do país são paralisadas. Nos demais dias foi instituindo a operação “Meta Zero”, quando os auditores represam os créditos tributários que a União teria a receber.
Procurada, a Receita Federal informou que não se manifestará sobre o assunto.
Também são destaques do Jornal da Amazônia 1ª Edição desta sexta-feira (22): municípios no Tocantins chegam a clima de deserto por causa da baixa umidade; para combater aftosa, Amapá vai intensificar fiscalização no transporte de animais
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