A partir de uma sugestão de pauta de uma ouvinte, o "Nacional Jovem" tratou sobre a saúde do coração, mais especificamente sobre a estenose mitral. Você sabe o que é isso? Quem explica isso pra gente é o professor, chefe da Disciplina de Cirurgia Cardiovascular da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e cirurgião cardiovascular, Diego Gaia.
"O coração da gente tem 4 válvulas que funcionam fazendo com que o sangue caminhe em só uma direção no coração. Então, elas funcionam como uma porta que se abre e se fecha a cada batimento do coração. E uma dessas válvulas que fica a esquerda do coração é chamada de válvula mitral. Algumas doenças podem fazer com que essa porta vá endurecendo ao longo dos anos. E ela vai funcionando como uma porta emperrada. Então, com isso vai sobrando cada vez menos espaço para o sangue passar. E aí a pessoa começa a ter sintomas", esclarece o médico.
Mas o que pode causar essa doença? Segundo o professor, a principal causa é uma doença chamada febre reumática. "Uma doença que vem em pessoas que tem infecções de gargantas, muitas amigdalites. E isso provoca uma reação no coração que endurece as válvulas do coração. Então, a estenose é uma doença, que muita das vezes, começa lá na infância e vai aparecer quando a pessoa tem 20, 40 anos. E como o sangue tem dificuldade para passar por essa válvula do lado esquerdo ele começa a se acumular no pulmão da pessoa e o principal sintoma nessa hora é cansaço e falta de ar", acrescenta.
Na entrevista, Diego conta que o diagnóstico começa quando se examina o paciente. "A gente escuta um sopro no coração do paciente. Mas a confirmação disso é feito com um ultrassom do coração. Um exame que se chama ecocardiograma para enxergar a movimentação das válvulas", diz ele. A complicação para a estenose é a insuficiência cardíaca. O médico fala ainda sobre os tipos de prótese e quais as medicações recomendadas.
Quer saber mais? Ouça a entrevista completa no player acima.
O programa Nacional Jovem vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 16h, na Rádio Nacional da Amazônia, e às 15h, na Rádio Nacional do Alto Solimões.
