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Animais exóticos e silvestres precisam de atenção redobrada no inverno

Ao notar qualquer mudança no comportamento, o tutor deve levar seu bicho de estimação a um veterinário especializado

Nossos Bichos

No AR em 14/07/2020 - 14:53

As baixas temperaturas registradas no inverno podem afetar os animais de estimação e provocar doenças e desconforto. No caso dos animais exóticos e silvestres, os cuidados devem ser redobrados, como explica o médico veterinário, Isaac Albuquerque, especialista nestas espécies. Segundo ele, diante da diversidade, cada vez maior, sendo comercializada aqui no país, a maioria dos tutores ainda desconhece as rotinas, particularidades e os cuidados que devem ter, como as técnicas de manejo e a fisiologia do animal.

Animais silvestres e exóticos precisam de atenção redobrada no inverno

Calopsitas não precisam de autorização prévia de órgão ambiental

"Ao adquirir um animal silvestre é preciso pensar na questão da legalização. Animais que vêm de criatórios autorizados pelos órgãos fiscalizatórios têm maior resistência a muitas doenças por causa da qualidade com que foram tratados." As aves exóticas de outros países, como cacatua, calopsita, agaporni e ring neck, não exigem autorização prévia de órgão ambiental. Já não é o caso das aves silvestres, como papagaios e araras, que exigem autorização, caso não sejam adquiridos em criatórios registrados, destaca Albuquerque. 

Com relação aos répteis, a moda no Brasil agora são os guecos (lagartixas) e o dragão barbudo. O maior cuidado nos meses de inverno deve ser com o sistema respiratório, uma vez que doenças como gripe e pneumonia podem ser fatais e geralmente estão associadas a falhas no manejo. Para Albuquerque, a melhor atitude antes de escolher e comprar um animal exótico, ou silvestre, é procurar um veterinário especializado, para obter mais informações sobre cada espécie e conhecer os prós e contras.

Albuquerque conta, ainda, que, em alguns locais do país, existe o hábito de criar jabutis embaixo da cama, com a crença de que ajudam na cura de problemas respiratórios. Essa atitude acaba provocando grande sofrimento e desconforto destes animais nos dias frios, devido à restrição de sol. Os jabutis também podem ter a temperatura corporal ainda mais reduzida caso fiquem sobre pisos cerâmicos, ficando mais sujeitos a gripes e pneumonia. "Aí o tutor vai dizer: Tá vendo? Botei embaixo da cama e ele é que ficou doente, mas meu filho, não. Isso é um absurdo, uma desinformação tremenda", alerta.

Nesta entrevista ao programa Nossos Bichos, o especialista também fala sobre os cuidados especiais com roedores e peixes, durante o inverno, e destaca que o tutor deve sempre ficar atento ao seu animal, observando sinais como a baixa mobilidade, mais tempo entocado, comer e beber pouco, algum edema (inchaço) no corpo, secreção nasal ou nos olhos e respiração cansada.

"Ao notar qualquer mudança no comportamento, o tutor não deve esperar para procurar ajuda de um veterinário especializado. O metabolismo destes animais é muito acelerado, então, um dia para o ser humano pode significar uma semana para eles. A evolução das doenças é muito rápida e a demora no atendimento pode ser fatal. Ninguém melhor que o próprio tutor para perceber que algo está errado." 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Criado em 14/07/2020 - 19:49

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