Acervo com dois mil documentos do Arquivo Público do Mato Grosso é reconhecido como patrimônio cultural pelo Comitê Nacional da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). A história de Mato Grosso no período colonial começa a ser recontada. Um acervo com dois mil documentos de quatro fortificações da antiga Capitania de Mato Grosso acaba de ser reconhecido pelo Comitê Nacional do Programa Memória do Mundo. O programa é uma iniciativa da Unesco e no Brasil fica a cargo do Arquivo Nacional.
A superintende do Arquivo Público do Mato Grosso, Vanda da Silva, conta que o acervo é composto principalmente por cartas manuscritas trocadas entre autoridades espanholas, situadas na Bolívia, e portuguesas, sediadas no Brasil. O controle da fronteira era um dos principais temas das cartas.
Pesquisadores de Mato Grosso já buscam no acervo do Arquivo Público do estado pistas para reconstituir o passado, entre eles: o historiador Suelme Fernandes. Ele destaca os registros encontrados sobre as fugas de índios da escravidão na Bolívia e dos negros da escravidão no Brasil.
Em dezembro, no Rio de Janeiro, uma cerimônia vai marcar a entrega oficial do registro de patrimônio cultural.