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Companhia Energética de Sinop é multada em R$ 50 milhões

Aumento da concentração de resíduos no Rio Teles Pires teria causado a morte de ao menos 13 toneladas de peixes

Repórter Nacional - Amazônia

No AR em 15/02/2019 - 18:20

O governo de Mato Grosso multou a Companhia Energética de Sinop em R$ 50 milhões por causar poluição com o lançamento de sedimentos aprisionados na bacia de dissipação da Usina Hidrelétrica Sinop no rio Teles Pires durante a abertura das comportas. Ao menos 13 toneladas de peixes morreram com a ação.

A multa atinge o valor máximo aplicado pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente. O rio atingido é fonte de renda para várias famílias que sobrevivem da pesca na região, além de opção de lazer. 

Segundo o órgão ambiental, a mortandade de peixes foi verificada em 4 de fevereiro pela equipe da secretaria que acompanha o enchimento do reservatório. A causa foi atribuída à alteração de turbidez da água, ou seja, a concentração de resíduos. Na abertura das comportas se percebeu que a coloração da água foi modificada pelo sedimento aprisionado na bacia de dissipação – que é de responsabilidade do empreendimento, uma vez que integra a estrutura da barragem.

De acordo com a perícia, foi possível constatar que os sedimentos provocaram a obstrução das brânquias dos peixes, impossibilitando a respiração. A secretaria determinou então que as comportas ficassem fechadas, evitando o lançamento de sedimentos.

Dois dias após essa determinação, o órgão ambiental autorizou uma vazão controlada. A ideia era a melhoria da qualidade do rio Teles Pires abaixo do reservatório, uma vez que a água represada apresenta boa qualidade. 

A Secretaria Estadual de Meio Ambiente alega ainda que todas as manobras de comporta da usina foram supervisionadas por equipes do para assegurar respostas rápidas caso ocorra algum problema durante o enchimento.

A Companhia Energética de Sinop confirma o recebimento da notificação e alega que o documento está sendo analisado pelo departamento jurídico da empresa. Ainda segundo a companhia, medidas foram tomadas para minimizar os danos, como abertura de vertedouros para a renovação da água e aviso as comunidades para que não consumissem o pescado. 

Ouça o Repórter Nacional - Amazônia:

 

Criado em 15/02/2019 - 20:19

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