Debaixo de chuva, professores da rede pública estadual de ensino do Amazonas foram às ruas da capital Manaus, na manhã desta segunda-feira, para oficializar a greve anunciada no último dia 9. A categoria pede 15% de reajuste salarial. A proposta do governo amazonense é de 3,93%. Cléber Ferreira, secretário de Finanças do Sinteam, Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado do Amazonas, destaca outras reivindicações.
Na última sexta-feira, atendendo a pedido do Governo do Amazonas, a justiça determinou a suspensão do indicativo de greve dos professores sob pena de multa diária de 20 mil reais, até o limite de 400 mil reais. A decisão também autoriza o governo estadual a efetuar desconto da remuneração dos servidores que tenham deixado de trabalhar em função da adesão ao movimento grevista.
A justiça argumenta que as atividades da categoria constituem serviços essenciais e que, por isso, eventual paralisação, mesmo que limitada ou parcial, teria efeitos gravíssimos à sociedade.
O Sinteam informou que ainda não foi notificado, mas, quando for, irá recorrer.
Em nota, o Governo do Amazonas disse que tem se mantido aberto ao diálogo com os representantes dos servidores da área de educação e que a decisão da Justiça tem como objetivo assegurar o funcionamento da rede estadual de ensino para não prejudicar os 420 mil alunos atendidos atualmente.