Quatro trabalhadores foram encontrados em condições semelhantes à de escravos, às margens do Rio Araguaia, no município tocantinense de Bernardo Sayão, durante operação do Grupo Especial de Fiscalização Móvel do Ministério da Economia, realizada entre os dias 18 e 28 de junho.
Os fiscais verificaram que o grupo fazia a aplicação de agrotóxicos sem a proteção exigida pelas normas de segurança e saúde. Além disso, a situação trabalhista estava ilegal, sem registro em carteira, o que resultou em 36 autos de infração.
A fiscalização também constatou que não havia instalações sanitárias, local adequado para o preparo e o consumo de alimentos e, ainda, a utilização de vasilhames de agrotóxicos extremamente tóxicos, para a coleta de água para consumo dos trabalhadores. Eles também eram proibidos de se ausentar em dias de folga.
O Ministério da Economia informou que o empregador terá de pagar mais de R$ 11 mil em verbas rescisórias e firmou Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta que prevê o pagamento de R$ 5 mil a cada trabalhador e de R$ 60 mil por dano moral e coletivo.
Os trabalhadores resgatados receberam guias para o recebimento do seguro-desemprego e foram encaminhados à Comissão Pastoral da Terra do município de Araguaína, para acolhimento e acompanhamento psicossocial.
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