Supermercados do DF contabilizam prejuízo de até 20% do faturamento

Além da perda financeira pelo recuo nas vendas devido aos dez dias de greve dos transportadores, os supermercados só devem normalizar os estoques nos próximos 15 dias. A informação é do presidente da Associação de Supermercados de Brasília (Asbra), Antônio Perón.

O dirigente explica que, nos primeiros dias da greve, não houve impacto direto, graças aos estoques nas lojas. Mas, em seguida, produtos perecíveis foram descartados antes de chegar à indústria, o que, segundo Perón, ainda afeta a cadeia do abastecimento.

Em relação ao aumento de preços depois do fim da greve dos caminhoneiros, Antônio Perón informou que a Asbra orientou os dirigentes dos supermercados para que não comprassem produtos especulados durante o movimento, para forçar o retorno aos valores de mercado. Ele citou a batata, que estava sendo vendida por preço 200% mais alto no período.

Já na Central de Abastecimento do Distrito Federal (Ceasa), o que pesou durante a greve foi a redução na oferta de produtos hortifruti. Segundo o presidente do entreposto, José Deval, muitos produtores deixaram de colher os alimentos, já que não seria possível transportá-los. Ele acrescentou que a Ceasa deve ter um balanço mais preciso sobre perdas de alimentos e prejuízos nas vendas no final deste mês.
 
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