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Cortes no orçamento para subsidiar diesel atingem vários órgãos da União

Governo alega que dinheiro estava congelado para cumprir meta fiscal aguardando melhora na arredação para ser liberado para os ministérios

Repórter Nacional

No AR em 04/06/2018 - 10:34

O governo precisou usar R$ 9,5 bilhões do orçamento federal para bancar parte da redução de R$ 0,46 por litro do diesel até o final deste ano. Desse dinheiro, 64% são de uma reserva de contingência que o governo tinha no orçamento, 22% de investimentos que poderiam ser feitos nas empresas estatais e 12% são cortes em despesas dos órgãos e ministérios.

A medida atinge todas as áreas. A saúde perdeu R$ 179 milhões, incluindo dinheiro para obras em hospitais, vigilância sanitária, transporte de órgãos e para os programas Mais Médicos. Na área da educação houve corte de R$ 55 milhões, atingindo o programa que concede bolsas de estudos no ensino superior. Na área da segurança, foram cortados R$ 4,6 milhões da Polícia Rodoviária Federal e R$ 1,6 milhão da Força Nacional de Segurança

O setor dos transportes também perdeu recursos. Mais de R$ 378 milhões destinados a obras em rodovias serão usados para subsidiar o diesel. Já o setor de habitação, perdeu mais de R$ 7,7 milhões, dinheiro oriundo do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social.

O Executivo argumenta que esse dinheiro estava contingenciado, ou seja, as áreas não estavam autorizadas a usar os recursos, que foram congelados para que o governo conseguisse cumprir a meta fiscal, como explicou o secretário-executivo do Ministério do Planejamento, Gleisson Rubin.

O dinheiro congelado esperava a melhora na arrecadação para ser liberado para os ministérios, mas com a destinação para subsidiar o diesel, a verba não poderá mais ser usada. Gleisson Rubin, explicou que os mínimos constitucionais foram preservados.

Para o economista do Conselho Federal de Economia, Waldir Pereira Gomes, o dinheiro que foi retirado das áreas pode fazer falta. O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoeyn, destaca que a população, que na maioria apoiou a greve, acaba participando do financiamento do óleo.

Além dos cortes no orçamento, o governo também diminuiu benefícios de exportadores, das indústrias química e de bebidas e reonerou setores econômicos para conseguir a redução no preço do óleo diesel.

Ouça também no Repórter Nacional:
- Governador do Tocantins vai ser eleito em segundo turno;
- Governo deve discutir hoje política de diminuição de preços de combustíveis;
Câmara e Senado votam medidas relacionadas ao transporte de cargas esta semana.
 

Ouça a íntegra no player abaixo:

 

 

Criado em 04/06/2018 - 11:03

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