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Polícia investiga motivos do massacre em Suzano, que terminou com dez mortos

Os jovens atiradores chegaram à escola carregando um único revolver calibre 38, um arco e flecha, um besta e um machado

Repórter Nacional

No AR em 14/03/2019 - 08:17

A polícia investiga motivos do massacre em Suzano, que terminou com dez mortos e 11 feridos. Os dois atiradores, Luiz Henrique de Castro e Guilherme Taucci Monteiro, chegarem à escola Raul Brasil, em Suzano, região metropolitana de São Paulo, por volta das 9h30, quando começava o intervalo das aulas.

A ação durou menos de dez minutos. Mas, para os sobreviventes pareceu uma eternidade. Uma estudante contou o que viu. A cozinheira escolar Silmara Morais viu quando a coordenadora pedagógica Marilena Umezo e a inspetora escolar Eliana Xavier foram atingidas e contou como ajudou a proteger os estudantes na cozinha da escola.

Além das duas funcionárias da escola que morreram, cinco estudantes não conseguiram escapar do ataque. Outros 11 ficaram feridos e foram levados para hospitais de Suzano e das cidades vizinhas. Câmeras de segurança da escola e das casas vizinhas mostram o desespero de quem conseguiu fugir.

Segundo o secretário de Segurança Pública do Estado, general Campos, os dois só pararam porque a força tática da polícia chegou à escola rapidamente. Segundo o secretário, foi nesse momento que ele eles teriam se matado. 

Os jovens chegaram à escola carregando um único revolver calibre 38, um arco e flecha, uma besta - arma medieval que também lança flechas -, e um machado. Segundo o secretário de Educação, Rossieli Soares, a entrada foi facilitada porque os dois jovens eram ex-alunos. Inclusive, Guilherme, de 17 anos, abandonou a escola no ano passado.

Já esse outro estudante, Lucas, que pulou os muros da escola para fugir dos tiros, contou que é raro ver policiamento perto da escola. A Secretaria de Educação informou que os procedimentos das mais de cinco mil escolas estaduais vão ser revisados.

Além das vítimas dentro da escola, um empresário morreu algumas horas mais tarde no hospital. Ele era dono da concessionária onde os jovens roubaram um carro antes de  atacar os estudantes e também era tio de Guilherme.

Depois do atentando, o clima era de desespero de quem ainda não tinha conseguido localizar alguns parentes. Como Simone Celestino dos Santos, que tentava ter notícias do sobrinho. Só por volta das 15h é que a família descobriu que Douglas Celestino, de 16 anos, tinha sido uma das vítimas do atentado. Ele chegou a ser socorrido, mas morreu ao chegar no hospital.

Agora a polícia passa a investigar o que pode ter levado os dois rapazes a cometer o massacre. O comandante-geral da Polícia Mitar de São Paulo, coronel Salles, lembrou que crimes como os que atingiram Suzano aconteceram cinco vezes no Brasil. O último deles, há menos de seis meses, em uma igreja em Campinas. 

Os corpos das vitimas e dos assassinos foram levados para IMLs diferentes para evitar que as famílias se encontrassem. A prefeitura de Suzano ofereceu o estádio da cidade para realizar um velório coletivo e as aulas em todas as escolas públicas estaduais e municipais de Suzano foram suspensas até a segunda-feira. Já a escola Raul Brasil só será aberta para os estudantes na próxima terça-feira, com atividades pedagógicas como rodas de conversa e apoio psicológico.

 Outros destaques desta edição:

- Câmara instala Comissão que vai iniciar debate da Reforma da Previdência

- Senado aprova mudanças no Cadastro Positivo, que vai agora a sanção presidencial

- Parlamento britânico rejeita saída da União Européia sem acordo e decide hoje pedido de extensão do prazo do Brexit

Ouça o Repórter Nacional (7h30) quinta-feira (14):


 

Criado em 14/03/2019 - 08:32

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