Paraisópolis recebe visitas de representantes do governo de São Paulo e da prefeitura

Debaixo de chuva, os secretários ouviram uma lista de problemas que afetam a comunidade, como falta de creches, falha na coleta de lixo, alagamentos de córregos, parques fechados e programas culturais interrompidos. 

Eles pediram estrutura para realizar bailes funks e a criação de uma subprefeitura para Paraisópolis e Morumbi. Só a favela conta com 100 mil habitantes, segundo o último censo do IBGE. 

Os mais de 20 secretários de estado e do município ouviram as demandas e prometeram criar seis grupos de trabalho para atender as reivindicações. Foi definido um prazo de 10 dias para que as autoridades deem as primeiras respostas. 

Mas, apesar do grande número de representantes das duas esferas do Governo, a reunião não contou com ninguém da secretaria de segurança pública do estado.

Desde que nove jovens morreram em um baile funk, no dia 1º de dezembro, quando ocorreu uma ação da polícia militar no local, a corporação recebeu acusações de moradores do uso de violência contra os moradores da favela. 

Questionados sobre a ausência, representantes do governo do estado disseram que o assunto está sendo discutido pelo governador João Doria, junto com familiares das vítimas e lideranças comunitárias.

Gilson Rodrigues, presidente da União de Moradores de Paraisópolis, pediu que o esforço também seja feito nas regiões onde os nove jovens moravam e, ainda, em Heliópolis, a maior favela de São Paulo e onde, no mesmo final de semana, uma pessoa morreu, segundo ele, em condições parecidas. 

No último final de semana, ocorreu mais uma edição do baile da Dz7, em Paraisópolis. O clima foi tenso, com a presença de policiais militares nas entradas da favela, minuto de silêncio e leitura dos nomes das vítimas.

Ouça o Repórter Nacional (7h) desta terça-feira (10):

Outros destaques desta edição:

- Governo aposta na queda do preço da carne em curto prazo e diz que alta foi provocada pela entre-safra 

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