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R$ 20 milhões em barras de ouro e diamantes são repatriados

O caso envolve esquema comandado pelo ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral

Repórter Nacional

No AR em 06/03/2020 - 18:00
Os bens ocultados no exterior pelo ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabraldo retornaram ao Brasil. São 4,5 kg de ouro e 27 pedras de diamantes adquiridos com dinheiro de corrupção. O material, que segundo peritos consultados, é avaliado em mais de R$ 20 milhões, estava na Suíça e foi recuperado a partir de uma operação do Ministério Público Federal, por meio da Secretária de Cooperação Internacional e da Força-Tarefa Lava Jato no Rio de Janeiro.
 
Os irmãos doleiros Marcelo e Renato Chebar, operadores do esquema de Cabral, revelaram a existência do ouro e dos diamantes em delação premiada fechada com a Lava Jato no estado. Os irmãos Chebar entregaram mais de US$ 100 milhões pertencentes a Sérgio Cabral, mas que estavam em posse dos dois para que fossem ocultados no exterior.
 
Em março de 2017, o dinheiro devolvido foi utilizado pelo Executivo estadual para pagamento atrasado do 13º salário de aposentados e pensionistas.
 
Logo após a homologação do acordo dos Chebar, o MPF iniciou um processo de cooperação jurídica com as autoridades suíças, que mantiveram acauteladas as pedras de diamante e as barras de ouro até a finalização dos trâmites que viabilizaram o transporte dos bens.
 
Na última terça-feira (3), procuradores do MPF embarcaram para Genebra onde receberam o material e retornaram ao Brasil.
 
Segundo o MPF, por uma questão de segurança, a operação foi mantida em sigilo e contou com escolta policial até a entrega dos bens, que a partir desta sexta-feira vão ficar custodiado em instituição bancária, à disposição da Justiça Federal.
 
O ex-governador Sérgio Cabral já acumula 13 condenações penais. Somadas, as penas ultrapassam os 280 anos. Ele responde ainda a mais de 30 processos criminais ligados a casos de corrupção durante os seus dois mandatos a frente do governo do estado.
Em fevereiro, o ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, homologou um acordo de delação premiada negociado pelo ex-governador junto à Polícia Federal.

A Procuradoria-Geral da República recorreu afirmando que a colaboração não pode ser aceita pois Cabral continua a ocultar bens provenientes de casos de corrupção.

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Criado em 06/03/2020 - 18:53

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