Movimento Antimanicomial é abordado em mesa redonda no Revista Brasil

Na rede formada pelas Nacional de Brasília e a MEC AM do Rio de Janeiro se reuniram em rede nesta sexta-feira (22) para discutir a Luta Antimanicomial. No Rio de Janeiro, o âncora do programa Todas as Vozes, Marco Aurélio recebeu a psicólogoa, mestre em Psicologia Social e doutora em Saúde Pública, Fabiana Castelo Valadares. Em Brasília, o Revista Brasil convidou o diretor de Saúde Mental da Secretaria de Saúde do DF, Ricardo Lins.

A Mesa Redonda ressaltou opiniões de ouvintes sobre tratamento para pacientes agressivos. Fabiana Castelo foi enfática em alertar que todos os estudos no campo da saúde no país em relação ao tema da violência, homicídios, agressividade, apontam que as pessoas sem transtornos mentais cometem muito mais violências do que as pessoas com transtornos mentais. "Quem sofre com transtornos mentais têm muito mais chance de sofrer violência do que de fato cometer violência", avalia.

Sobre o tratamento destinado a pacientes de transtornos mentais, Ricardo Lins acredita que os serviços comunitários são os mais indicados para a maioria dos pacientes, mas ressalta que há uma pressão dos familiares dos pacientes exigindo internações prolongadas. O psiquiatra acredita que os familiares muitas vezes desejam a internação porque não conseguem dar o suporte adequado para cuidar dos paciente. "Não necessariamente os pacientes cometem atos homicidas ou violentos, mas por estarem muito agitados, os familiares solicitam apoio e amparo porque são despreparados para lidar com esses quadros de agitação", avalia.

A mesa redonda sobre o movimento antimanicomial pode ser acompanhada no player acima. A mediação desta mesa é dos jornalistas Marco Aurélio e Valter Lima, na Rádio Nacional de Brasília em rede com a Nacional do Rio de Janeiro.