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Revista Brasil debate intolerância religiosa

Na semana passada uma criança foi apedrejada no Rio de Janeiro, vítima

A intolerância religiosa é um conjunto de ideologias e atitudes ofensivas a diferentes crenças e religiões. Em casos extremos esse tipo de intolerância torna-se uma perseguição. Sendo definida como um crime de ódio que fere a liberdade e a dignidade humana, a perseguição religiosa é de extrema gravidade e costuma ser caracterizada pela ofensa, discriminação e até mesmo atos que atentam à vida de um determinado grupo que tem em comum certas crenças. Na última semana, uma menina de 11 anos foi apedrejada na cabeça ao sair de uma festa em um terreiro de Candomblé.

 

Intolerância religiosa é o tema da mesa redonda desta sexta-feira (26). No Rio de Janeiro, o âncora do programa Todas as Vozes, Marco Aurélio recebeu a antropóloga e jornalista Rosiane Rodrigues. Ela Integra comitês, de nível estadual e federal, para o combate à intolerância religiosa. Em agosto, lançará livro sobre o tema.

 

Segundo Rosiane “onda autoritária fundamentalista é uma onda mundial”. Cita o exército islâmico; o Boko Haram na Nigéria, sequestrando e matando meninas. No Brasil a gente tá acompanhando nos últimos 15, 20 anos, o avanço do fundamentalismo religioso. Rosiane diz que “o fundamentalismo religioso no Brasil é cristão” e que o caso da menina de 11 anos apedrejada está longe de ser um fato isolado.

 

Em Brasília, o Revista Brasil convidou o presidente da ONG União Planetária, Ulisses  Riedel. A entidade atua desde 1997 em busca da paz mundial, da justiça social e da comunicação positiva.

 

Para Riedel, a violência é um efeito; e a humanidade deve buscar refletir sobre as causas disso. “Por que hoje se coloca fogo no ônibus no Rio de Janeiro mas se coloca também em Paris, Londres”. Acredita que estamos num mundo muito materializado, que está faltando religião, que está faltando espiritualidade. “A vida é vista de uma forma individualista”.

 

Segundo Rosiane as maiores violências religiosas são perpetradas dentro da escola. "O Brasil não é cristão ele é um país que se declara laico. E laicidade não tem a ver com perseguir religião e deixar de reconhecer o valor das tradições religiosas, mas em não interferir nas religiões e não chamar a responsabilidade das religiões para si", avalia.

 

O presidente da ONG União Planetária  acredita que falta conhecimento a respeito das religiões. Entender e amar o outro, e até admirar as diferenças, é um caminho apontado por ele pra chegar à paz. O presidente considera fundamental o papel das lideranças religiosas no combate à intolerância. E em sua opinião “ a intolerância é fruto da ignorância”.



Agressão à menina de 11 anos levanta debate sobre preconceito religioso

Criado em 26/06/2015 - 17:00 e atualizado em 26/06/2015 - 13:20

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