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Emissões de gases continuam estáveis apesar da queda no desmatamento

A estimativa é do Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito

As emissões de gases de efeito estufa no Brasil em 2014 permaneceram estáveis em relação ao ano anterior, apesar da queda de 18% na taxa de desmatamento da Amazônia. A informação vem da nova estimativa do Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), do Observatório do Clima, lançada  na última semana, em São Paulo.

 

No próximo dia 30, acontece a 21ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro sobre Mudança do Clima (COP21), onde estarão reunidos 47 chefes de Estado, em Paris. O intuito é chegar a um acordo que reduza a emissão de gases de efeito estufa que causam o aquecimento global.

 

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Para falar sobre o assunto, o programa Revista Brasil entrevistou o coordenador do Observatório do Clima, André Ferretti. Para ele, o Brasil apresentou uma proposta interessante para a COP21, que começa no dia 30 de novembro. Foi o primeiro país em desenvolvimento a propor uma meta para todos os setores da economia e uma meta absoluta, não apenas um meta de redução de um cenário futuro projetado.

 

“O Brasil estabeleceu um ano de referência, que foi 2005, e claramente definiu que pretende sim reduzir as emissões colocando uma meta para o ano de 2025 e outra para o ano de 2030, além de se predispor a rediscutir estas metas, caso os esforços conjuntos de todos os países não estejam sendo suficientes para que possamos atingir as emissões necessárias para que a temperatura no final do século não ultrapasse os dois graus Celsius. Então, nesse ponto, o Brasil tem sido muito proativo e está desempenhado um papel bonito”, opina.

 

No entanto, o coordenador do Observatório do Clima ressaltou que ainda se espera que o país possa propor metas ainda mais ousadas. Segundo ele, a primeira grande ação que o Brasil poderia tomar neste sentido seria ter vontade política de entrar de uma vez na economia do século 21, em uma economia descarbonizada.

 

“Nos últimos anos, o país tem focado muito no pré-sal, em uma energia fóssil, que é uma energia do passado que o mundo vai ter que abrir mão ao longo desse século. Daqui a duas ou três décadas, os países vão ter que reduzir drasticamente o uso dessa energia fóssil. Então, a gente precisa concentrar esforços em novas energias, em dar incentivo para que aqui no Brasil a gente consiga desenvolver tecnologias para a utilização dessas energias, como a geração de energia solar e eólica”.

 

André Ferretti falou ainda sobre agricultura, empregos, uso da terra, o que pode acontecer com o planeta no futuro caso não reduza a emissão de gases.

 

Confira mais informações ouvindo a entrevista na íntegra no player acima.

 

Revista Brasil é uma produção das Rádios EBC e vai ao ar de segunda a sábado, às 8h, na Rádio Nacional de Brasília. A apresentação é de Valter Lima.



Criado em 25/11/2015 - 12:40 e atualizado em 25/11/2015 - 10:22

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