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Estudo analisa acesso a soro antiofídico em regiões com alto índice de acidentes com cobras

Objetivo é mostrar onde e como deve se dar o investimento público na oferta dos soros, levando em conta as características de deslocamento de cada região

Tarde Nacional - Amazônia

No AR em 08/02/2022 - 06:22

O Tarde Nacional – Amazônia falou sobre um estudo da Fiocruz que analisou o acesso a soros antiofídicos em regiões com alta incidência de picadas de cobras.

O entrevistado foi o pesquisador Ricardo Dantas, do Laboratório de Informação em Saúde do Instituto de Comunicação e Informação em Saúde da Fiocruz

Ouça a entrevista completa no player acima.

Ele explicou que o estudo tenta dar uma dimensão real do tempo necessário pra se acessar os serviços de saúde no caso de uma emergência.

Para isso, foram cruzados dados da distribuição espacial da população, fornecidos pelo IBGE, com a localização dos estabelecimentos de saúde e com as características de deslocamento da população de cada região. Essas características seriam se o deslocamento se dá a pé, de barco, via estrada, etc.

Segundo Dantas, no Brasil, a Amazônia é a região com maior incidência desse tipo e acidente e, ao mesmo tempo, a que apresenta uma maior dificuldade na assistência à saúde.

O estudo lista as dez cidades em que a taxa de ocorrência de picadas de cobras é mais alta e também onde a população não conta com posto que tenha soro antiofídico. São elas: Alto Alegre (RR), Uiramutã (RR), Severiano Melo (RN), Mazagão (AP), Recursolândia (TO), Afuá (PA), Itaubal (AP), Arame (MA), Piraquê (TO) e Anajás (PA). 

O pesquisador acrescenta que, aos mostrar os gargalos, o estudo pode ser uma ferramenta útil a prefeituras e ao poder público para buscar soluções para o problema.

"Você pode tanto equipar outras unidades que não foram consideradas, já que no momento elas não disponibilizam soros; você pode pensar em disponibilizar soros em estabelecimentos menos convencionais, por exemplo: uma fazenda, uma farmácia (...). Você pode pensar em definir novos lugares, colocar novos postos, novos estabelecimentos de saúde que ofertem soros, ou você pode pensar em estratégias de ampliar o transporte sanitário", explicou.

O estudo está disponível aqui.

O Tarde Nacional - Amazônia vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 13h às 15h, na Rádio Nacional da Amazônia. A apresentação é de Juliana Maya.

Criado em 08/02/2022 - 06:22

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