Em entrevista no Tarde Nacional desta quarta-feira (06), Victor Grabois, presidente da Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (SOBRASP) e pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (Ensp), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), falou sobre os objetivos ao redor da criação da Aliança Nacional para o Parto Seguro e Respeitoso. A iniciativa, que reúne aproximadamente 50 entidades e organizações de saúde, busca melhorar o atendimento adequado às gestantes, às puérperas e aos neonatos, para reduzir a mortalidade materna no Brasil.
"Tem uma questão importante, que é realmente o fortalecimento dessa ideia, de uma rede de atenção à saúde materna e neonatal, tem muitos lugares aonde não existe uma maternidade, tem muitos lugares aonde não existe um hospital geral, porque a gestante precisa daquela UTI, mas muitas vezes o quadro dela demanda um conhecimento e uma estrutura que está dentro de um hospital geral", comenta Victor Grabois na entrevista conduzida por Luciana Valle.
A meta fixada pelo Brasil na Organização Mundial de Saúde (OMS) é de 30 óbitos maternos por 100 mil nascidos vivos até 2030. O número de óbitos de mães no país em 2018 atingiu 59,1 por 100 mil nascidos vivos, o que é considerado um grave problema de saúde pública. Um problema sério no mundo todo, mas especialmente nos países em desenvolvimento e de baixa renda. De acordo com dados da OMS todos os dias 830 mulheres morrem por causas evitáveis relacionadas à gravidez e ao parto e, anualmente, 2,5 milhões de bebês morrem logo depois de nascer.
A Sociedade Brasileira para a Qualidade do Cuidado e Segurança do Paciente (Sobrasp) é uma das entidades que coordenam a recém criada Aliança Nacional para o Parto Seguro e Respeitoso. "A criação da aliança foi uma proposição da SOBRASP, que é a sociedade que eu presido, mas foi recebida com enorme entusiasmo por vários parceiros nossos", diz ele sobre as mais de 50 entidades que participam dessa reunião.
Ouça a entrevista na íntegra clicando no player acima.
Leia matéria da jornalista, Alana Gandra, da Agência Brasil, sobre o assunto.
