Uma escritora cuja própria referência de vida e experiências significou representatividade: Geni Guimarães criou espaços na literatura com suas histórias. Professora, poeta e ficcionista, ela nasceu na área rural do municício de São Manoel, em São Paulo, no dia 8 de setembro de 1947. Começou sua carreira publicando em pequenos periódicos. Em 1979 lançou seu primeiro livro de poemas com o título 'Terceiro filho'.
No início da década de 1980, passou a se dedicar a causas sociais e à afirmação de identidade da afrodescendência. Publicou contos nos Cadernos Negros e depois lançou seu segundo livro: 'Leite do peito'. No ano seguinte publicou a novela 'A cor da ternura', que recebeu os prêmios Jabuti e Adolfo Aisen.
Os livros mais conhecidos dela são autobiográficos e ela diz que escreveu porque precisava registrar a vida de uma família negra, falar dos traumas, das dores e alegrias. É uma obra de caráter feminino e com um olhar de observação para o subjetivo e interior.
Mais que relatos ou descrições, a literatura de Geni Guimarães é o registro de uma época, de uma estrutura arcaica de relações e sobre o cotidiano da população negra.