Neste mês de outubro em que se comemora o Dia da Criança, o Momento Literário vai recordar alguns livros infantis de autores que mergulharam no imaginário das crianças.
Nesta primeira crônica, Katy Navarro traz um dos livros infantis mais conhecidos de Ignácio de Loyola Brandão: O menino que vendia palavras.
O personagem principal deste livro é um garoto que admira o pai que é um homem inteligente, instruído e um profundo conhecedor das palavras. Quando algum amigo do menino precisa saber o significado de alguma palavra, é o pai do menino que é procurado.
Como os amigos têm sempre dúvidas e o pai tem sempre a resposta, o menino teve a ideia de negociar o significado das palavras. Por exemplo: a palavra gorgolão vale uma fotografia de um navio de guerra; a palavra pantomima vale um chiclete.
E foi dessa maneira que o protagonista da história começa o seu negócio sem que o pai saiba e foi assim também que o menino passou a perceber o valor de cada palavra no dia a dia, no uso para conversar melhor, na educação das pessoas, na orientação para que todos possam explicar com clareza suas ideias ou sentimentos.
O menino que vendia palavras leva o leitor a conhecer novas palavras, mas também a dar valor à leitura e aos livros. A criança sente também a importância do valor da dúvida e como é necessário perguntar e não ter medo de não saber. O livro abre um mundo novo para várias palavras, verdadeiros tesouros na formação de quem preza pela liberdade de expressão.