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Mário Sette é o autor em destaque no Momento Literário

Katy Navarro aborda aspectos da obra de Mário Sette, que foi também professor, jornalista, contista, cronista e romancista brasileiro

Antena MEC

No AR em 14/06/2022 - 18:00

O pernambucano Mário Sette foi professor, jornalista, contista, cronista e romancista. Nasceu em 19 de abril de 1886 em Recife. Ficou órfão do pai aos 11 anos e se mudou com a mãe para Santos, em São Paulo. Depois que ela se casou de novo, o menino foi morar no Rio de Janeiro com a família, mas voltou para Recife já com 15 anos.

Numa vida marcada por muito trabalho, dedicou boa parte do seu tempo à literatura, paixão desde menino. Escreveu em vários jornais de Recife.

A primeira obra foi “Ao clarão dos obuses”, em 1914, uma coletânea de contos. A partir deste livro, toda a obra do autor passa a ser trabalhada em cima de assuntos, figuras, cenários, cultura e tradições pernambucanas.

Depois vieram muitos outros livros. entre eles, “Senhora de engenho”, lançado em 1921 e que o consagrou como escritor de âmbito nacional.

O prêmio da Academia Brasileira de Letras (ABL) veio com outra obra: “O vigia da casa grande”, que de certa forma completa a obra anterior.

Foi uma fase de brilhantismo na carreira literária do escritor que ainda assina obras como “O palanquim dourado”, romance histórico comemorativo do centenário do movimento de 1820, quando foi deposto o último governador português em Pernambuco.

A lista de livros segue com vários títulos como “A filha de dona sinhá”, um romance de Caruaru, “Barcas de vapor”, “Arruar” e muitos didáticos como “Terra Pernambucana”.

No romance “Seu candinho da farmácia”, é possível perceber o cuidado do autor para apresentar a cidade e seu dia a dia ao leitor.

Katy Navarro termina sua crônica com um pequeno trecho deste livro envolvente, bem humorado e que retrata os costumes de uma época no Recife no início do século XX.

“quieto e vazio o pátio de são pedro. meia luz de lampiões embaciados e distantes. um ar de uma outra época, de uma outra gente. silêncio e abandono, de sono, de timidez, de recato. um quê de estranho, de sobrenatural naquelas casinhas térreas aconchegantes como aves que vêm dormir num só poleiro; naqueles sobrados esguios, lembrando sombras de coisas mortas; na igreja, presidindo o largo, numa silhueta que mal deixava divisar a beleza da fachada; nos dois becos laterais que se alongavam uma melancolia de trechos desertos ...”

Ouça mais no player acima. 

Criado em 14/06/2022 - 19:13 - Episódio Momento Literário - Mário Sette

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