Um nome que é uma revelação na geração de jovens escritores contemporâneos brasileiros: Paulo Rosa.
Ele escreve profissionalmente desde 2009 e lançou o primeiro romance, “O hélio”, na Bienal do Livro do Rio. De lá pra cá não parou mais e publicou também “O eco da girafa”, “Curtas primaveras” e “Flora e o monstro de papelão”, entre outros títulos.
O livro "Flora e o monstro de papelão", com ilustrações de Fernanda Fonseca, recebeu elogios da crítica literária e foi bem acolhido por escritores como Ziraldo e Bia Bedran.
Paulo Rosa é carioca e mora na região serrana fluminense. Historiador pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e com pós-graduaçao em Língua Portuguesa, redação e oratória, Paulo executa vários projetos na área das letras e trabalha agora no lançamento do seu mais recente romance: ‘A ética das serpentes”.
O livro foi escrito ao longo de dez anos, entre 2010 e 2021. Paulo diz que a vida é cheia de idas e vindas. Não é um cálculo exato. Ele acredita que vivemos o tempo todo numa impermanência que mexe com todos. Aponta o mundo como feito de desigualdades graves que ao longo do tempo acabam gerando um ambiente doentio de competição. O livro “A ética das serpentes” fala sobre essa e outras questões que afligem a sociedade do século vinte e um. O lançamento do livro marca os 14 anos como escritor e tem uma escrita direta e dinâmica numa história que mistura suspense com assassinatos e paixões.
Katy Navarro termina este Momento Literário com a leitura de um dos trechos do livro que promete render uma leitura de ação, romance e com segredos e revelações que o leitor não espera.
"Com o suporte daquelas palavras, somado à calma forte daquela tartaruga chamada gênesis, além da amizade sincera de Daniel, conseguia acessar uma tranquilidade dentro de mim. Ao mesmo tempo, o barulho do mar chocando-se à ponta da lancha musicalizava o ambiente, trazendo-me uma inexplicável paz. A leveza e a serenidade que sentia abaixo daquela noite iluminada navegando para um novo mundo. Seria isso, Deus? Seria, assim, a morte? Se fosse, morrer seria bom. Rapidamente, recordei-me dos olhos sem brilho da jovem que se atirou do alto do prédio. Eu era um ingênuo garçom vindo do Rio Grande do Sul. (...) as experiências me inundavam de preenchimentos e também de vazios."
