O pintor, desenhista, ilustrador, aquarelista e litógrafo alemão Johann Moritz Rugendas é o tema de uma grande exposição, no Rio. Ao lado de Debret, ele foi responsável pela divulgação das primeiras imagens do país no exterior.
A curadora da exposição, Angela Âncora da Luz, falou ao Arte Clube sobre as principais características das obras de Rugendas. "Um dos pontos interessantes a se destacar é a subjetividade dele. Porque ele não é um artista que representa tal qual ele vê, tal qual existe. Ele tem um toque romântico dentro daquele processo acadêmico e trabalha muito também com a imaginação.
Por exemplo, ele representa um índio dentro de um cânone clássico. Não com as características exatas do índio, da sua anatomia. Ele vai convertendo a certos modelos. Mas ele registra, e isso é importante para nós. Ele é um anotador de seu tempo", explica. Clique no player e ouça a entrevista completa.
Rugendas documentou, em seu trabalho, o Brasil dos anos 1820, ao participar da Missão Langsdorff, que percorreu o interior do país com objetivo de constituir um inventário completo do país.
Entre as obras reunidas estão presentes 36 originais do famoso álbum "Viagem pitoresca através do Brasil". A Exposição "Rugendas, um cronista viajante", está em cartaz na Caixa Cultural do Rio.