Christiana Guinle discute não-binariedade na peça "Gênero Livre"

"Nada é permanente, exceto a mudança", já dizia o filósofo Heráclito, 500 anos antes de Cristo. Isso vale pra tudo, desde os rumos da humanidade até a nossa vida íntima. Afinal, o ser humano é múltiplo e está em constante descoberta de si mesmo. Essas questões são discutidas no espetáculo "Gênero Livre", em cartaz no Rio de Janeiro. A peça parte de episódios da vida da atriz Christiana Guinle, artista de gênero fluido, para construir uma narrativa sobre gênero, que vai dos preconceitos arraigados no nosso dia a dia aos debates sobre liberdade em um mundo pós-gênero. 

O espetáculo reúne biografias, reportagens, músicas e relatos pessoais da atriz e da equipe criativa para refletir sobre as identidades de gênero além das definições binárias de masculino e feminino. 

A peça passeia não só pela trajetória de Christiana Guinle, mas resgata personagens importantes no debate da fluidez de gênero, como Thomas Baty, uma das primeiras pessoas documentadas como não-binárie; a atriz Rogéria; o ícone drag Kaká di Polly; a modelo Roberta Close e outras pessoas que contribuíram para a desconstrução social de gênero no Brasil.

Christiana ingressou aos 15 anos na Royal Shakespeare Company, em Londres. Foi premiada com o Mambembe, APCA e recebeu várias indicações ao prêmio Shell. Clique no player e ouça um papo com a atriz. O espetáculo "Gênero Livre" está em cartaz de 25 de Janeiro a 8 de Fevereiro, quartas e quintas, 19h30, no Teatro Glauce Rocha - Av. Rio Branco, 179, no centro do Rio.