Exposição de Fátima Farkas celebra personalidades negras no IPN

O apagamento das histórias de grandes figuras negras que lutaram por igualdade racial é a inspiração para a exposição "Será o Benedito", em cartaz no Rio de Janeiro. A artista visual Fátima Farkas homenageia essas pessoas em 32 telas, que trazem retratos de figuras como João Cândido Felisberto, líder da Revolta da Chibata, Luiz Gama, Nzinga, rainha de Ndongo e de Matamba, e o premiado arquiteto burquinês Diébédo Francis Kéré.

Além de destacar esses personagens, Fátima também denuncia o apagamento, substituindo rostos por vegetação ou por um vazio branco. 

A exposição ocupa uma galeria mais que especial, no Rio de Janeiro: o Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos (IPN), que completa 19 anos e foi oficializado recentemente Patrimônio Cultural da cidade.

O IPN pesquisa e preserva o Cemitério dos Pretos Novos, que foi descoberto em 1996 e tem o seu solo tombado. Ali foram enterrados entre 20 mil e 30 mil negros escravizados. Ele funcionou de 1772 a 1830, no Valongo, faixa do litoral carioca que ia da Prainha à Gamboa. O Complexo do Valongo movimentou mais de 1 milhão de pessoas. 

Serviço
Exposição “Será o Benedito” de Fátima Farkas
De 10 de maio a 20 julho de 2024
Curadoria: Mauro Trindade
Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos
Rua Pedro Ernesto, 32-34 - Gamboa, Rio de Janeiro
Horário de funcionamento: de terça a sexta das 10 às 16 horas
Aos sábados: 10 às 13horas