"Cinema de Arquivo" resgata imagens clandestinas de perseguidos pela ditadura

As histórias e personagens que a ditadura militar quis apagar resistiram. Muitas delas, por meio de registros audiovisuais, que, agora, vêm à tona, a partir do livro "Cinema de Arquivo: Imagens e Memória da Ditadura Militar" (Sagarana Editora). A publicação é resultado de uma extensa investigação da pesquisadora e professora do Programa de pós-graduação em Comunicação e graduação em Estudos de Mídia da PUC-Rio, Patrícia Machado.

Em entrevista ao Arte Clube, ela dá mais detalhes sobre a pesquisa, que investigou uma rota clandestina de imagens que ligava Brasil, Cuba e França. Esses filmes tinham que sair escondidos do Brasil, para que o mundo pudesse saber o que realmente se passava no nosso país naquele período. O livro também mergulha nas histórias dos personagens filmados pelos cineastas durante a ditadura, como Nego Fuba, camponês e ativista político. Patrícia fala, ainda, sobre a importância de publicações sobre a ditadura, em um momento em que a democracia sofre ataques.

A noite de autógrafos de "Cinema de Arquivo: Imagens e Memória da Ditadura Militar" será na quinta-feira, 3 de outubro, às 18h, no solar Grandjean Montigny, na PUC - Rio. O endereço é Rua Marquês de Sao Vicente, 225, bairro da Gávea, zona Sul do Rio de Janeiro.