A Polícia Federal (PF) apura crimes fiscais na Zona Franca de Manaus e em Boa Vista. Os prejuízos aos cofres públicos somam cerca de R$ 10 milhões, por mês.
A Operação Capilé, desencadeada nessa terça-feira (10), cumpriu mandados em Roraima, Amazonas, Goiás, São Paulo, Minas Gerais, Distrito Federal e Espírito Santo.
Pelo menos R$ 100 mil foram apreendidos com os suspeitos durante as buscas. A PF não informou quantos dos oito mandados de prisão preventiva foram cumpridos, mas disse que alguns envolvidos estão fora do país.
De acordo com o delegado federal Bernardo Abrahão, o prejuízo era milionário.
Três servidores públicos que atuavam em Manaus foram afastados por decisão da Justiça.
As investigações tiveram início em 2016, após denúncia. Empresários, contadores e cambistas também estão entre os envolvidos.
De acordo com a Polícia Federal, as fraudes ocorriam em duas áreas.
A primeira, o câmbio clandestino. O grupo comprava dólar e euro nas fronteiras do Brasil com a Venezuela e com a Guiana. Os valores eram guardados na residência do homem apontado como chefe da organização em Boa Vista, Roraima. O dinheiro era levado para casas de câmbio em Brasília e São Paulo.
Já a prática de crimes fiscais na Zona Franca de Manaus e Área de Livre Comércio em Boa Vista, ocorria mediante aquisição de empresas de fachada, explicou o delegado federal Bernardo Abrahão.
A Suframa, Superintendência da Zona Franca de Manaus, afirmou que só poderá se manifestar oficialmente quando a autarquia tiver acesso ao teor completo da operação realizada pela Polícia Federal.
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