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Na Semana da Pátria, o Bossamoderna fala do Brasil através de afagos e censura

Pátria amada Brasil é o tema do Bossamoderna deste domingo (6)

Na Semana da Pátria, o Bossamoderna deste domingo (06) fala do Brasil através dos afagos e recriminações de seus filhos modernistas.

 

A paraibana Elba Ramalho abre o desfile com o frevo do pernambucano Carlos Fernando, “Pátria amada”. Do frevo para a bossa, “Brasil com S”, de Rita Lee e Roberto de Carvalho com a dupla inusitada formada por João Gilberto e Rita Lee. Já outros roqueiros, Cazuza, George Israel e Nilo Romero, chutam o pau da barraca em “Brasil”, na interpretação farpada de Gal Costa. A mesma diva baiana agora oferece a outra face da moeda, na ufanista “Canta Brasil”, que Alcir Pires Vermelho e David Nasser lançaram, em 1941, na voz tonitruante de Francisco Alves. Também da era de exaltação ufanista, é “Brasil”, de Benedito Lacerda e Aldo Cabral, que o mesmo Rei da Voz, Francisco Alves, entalhou em dueto com a lágrima vocal de Dalva de Oliveira. A revisita, não menos grandiosa, é da paulistana Zizi Possi, em 1996. Dois anos depois, no disco “Olhos de farol”, Ney Matogrosso escancarava “A cara do Brasil”, de Celso Viáfora e Vicente Barreto.

 

Por sua vez, a carioca Fernanda Abreu, em co-autoria com Fausto Fawcett, Laufer e Hermano Viana decreta: “Brasil é o país do suingue”. Também carioca, mas com outro ponto de vista, Gonzaguinha engata seu “Desenredo”, de um fictício Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos do Pau Brasil. É o mesmo compositor e intérprete quem endereça seu mais ameno “Alô, alô Brasil”. Colega de Gonzaguinha no MAU (Movimento Artístico Universitário) nos anos 70, Ivan Lins intitula o mais recente disco “América Brasil”, faixa que compôs com Vitor Martins. Outro ex-integrante do MAU setentista, Aldir Blanc, em “A voz do Brasil”, parceria com Mauricio Tapajós, destampa o tema do exílio, em gravação do sexteto vocal Viva Voz, de 1979.

 

E chegou a hora desta gente bronzeada mostrar seu valor: “Brasil pandeiro”, composição do baiano Assis Valente, de 1941, reciclada pelos Novos Baianos, em 1972. E esta edição “Brasil”, do Bossamoderna, encerra com a obra prima do mineiro Ary Barroso, “Aquarela do Brasil”, de 1939, em edição revista e ampliada por outro exportador de jóias nativas, Tom Jobim. 



Criado em 04/09/2015 - 19:14 e atualizado em 04/09/2015 - 17:12

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