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Domingo tem choro no Bossamoderna

Ouça o gênero ancestral da música brasileira que sempre imantou os modernistas

Bossamoderna

No AR em 25/04/2021 - 22:00

O Bossamoderna aborda o choro, gênero ancestral da música brasileira que sempre imantou os modernistas. Como o requintado Tamba Trio, a bordo do “Chorinho no. 1”, de Durval Ferreira. O saxofonista carioca Leo Gandelman celebra um clássico de Severino Rangel, o paraibano Ratinho, da dupla com Jararaca, “Saxofone porque choras?”, e também “Espinha de bacalhau”, de outro Severino, o Araújo, maestro da Orquestra Tabajara.

Também de Araújo é o “Chorinho pra você”, gravado pelo paulistano Trio Corrente e o sax/clarinetista cubano Paquito D’Rivera, no disco “Song for Maura”, de 2013. O mesmo grupo dá novo show com seu convidado cubano em outro clássico do choro, “Um a zero”, de Pixinguinha e Benedito Lacerda, gravado pela dupla original, em 1946.

Quanto a choro, não poderia faltar o gênio do cavaquinho Waldir Azevedo. É dele “Sobe e desce”, de 1961, revisitado pelo grupo liderado pelo trombonista sergipano Zé da Velha e o trompetista fluminense Silvério Pontes. Eles também tocam “Esquerdinho na gafieira”, do grande flautista Altamiro Carrilho.

Uruguaio criado no Rio, Taiguara, convocou o pai, o bandoneonista Ubirajara Silva para dar um perfume de tango a seu choro epistolar escrito do exílio inglês, em 1973, para o amigo e músico Eduardo Souto Neto: “Cartinha pro Leblon”. E já que falamos em fusão com o gênero portenho, o violonista gaúcho Yamandu Costa empreende o seu “Choro tango”, peça inicial da “Suíte impressões brasileiras”.

Ainda é Yamandu quem divide com o baixolão e contrabaixo acústico de outro conterrâneo Guto Wirtti, a releitura de “Sandoval em Bonsucesso”, do maestro Carioca, lançado em 1947. Do mesmo núcleo de chorões gaúchos, o bandolinista Luis Barcellos também gravou disco solo, liderando um grupo, em 2013. A faixa "Quebrando tudo” é de autoria de Marlon Julio. Mais um gaúcho, o acordeonista Bebê Kramer, em seu disco “A casa” contou com o bandolim do carioca criado em Brasília, Hamilton de Holanda: “Choro esperança”.

Do Rio Grande do Sul para o Rio Grande do Norte, onde o sanfoneiro Lulinha Alencar repesca uma preciosidade do início da carreira do rei do baião, o pernambucano Luiz Gonzaga, “Aquele chorinho”, de 1942. O grupo carioca Arranco de Varsóvia singra “Um choro”, do mineiro Sérgio Santos e o carioca Paulo César Pinheiro.

Também letrado é o choro “Confusão”, que a cantora Cris Delano, uma carioca nascida no Texas, escreveu com o músico e programador Alex Moreira e Marisa Gorberg.

E o fecho desta edição dedicada ao choro é uma surpreendente incursão no gênero de um dos inventores da bossa nova, o pianista, compositor e arranjador acreano João Donato: “No Clube do choro”, de autoria dele. 

Ouça o programa completo, no player acima. 

Bossamoderna vai ao ar todo domingo às 22h na MEC FM Rio. Envie seus pedidos de músicas, participação ou informações da programação também pelo Whatsapp (21) 99710-0537.

Criado em 20/04/2021 - 16:48 e atualizado em 15/12/2015 - 17:54

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