Em pleno Dia das Mães, o Bossamoderna deste domingo (9) aborda o tema, onipresente na obra dos modernistas de todas as latitudes. Como “Mamãe coragem”, de Caetano Veloso e Torquato Neto, uma das faixas do icônico disco “Tropicália”, de 1968. Canta: Gal Costa. A mesma Gal entoa “Mãe”, só de Caetano, que ela gravou no álbum “Água viva”, já dez anos após o movimento tropicalista, em 1978.
Numa prece a Mãe Menininha do Gantois, ainda é Gal Costa quem forma dupla vocal com Maria Bethânia, em gravação ao vivo, no festival Phono 73, da então gravadora Phonogram. O compositor da música, Dorival Caymmi, segue viagem conosco em sua “A mãe d’água e a menina”, que ele gravou no disco “Caymmi, som imagem e magia”, de 1985.
Integrante do grupo Tono, Ana Claudia Lomelino lançou-se solo no disco cujo título a define, cercada de crianças na gravação: “Mãe Ana”, composição de Rubinho Jacobina. O disco de Ana Claudia, de 2015, tem ainda a concretista “Mãe ímã”, de Luana Carvalho. E por falar em concretismo. Tom Zé tece a teia inconsútil de “Mãe (Mãe solteira)”, faixa de seu emblemático disco “Estudando o samba”, de 1975.
E a eterna mutante Rita Lee, no colo da “Mamãe natureza”, descobre que não adianta chorar: “A mamãe não dá sobremesa”. A faixa é de seu disco, “Atrás do porto tem uma cidade”, de 1974. Obra-prima dramática de Adoniran Barbosa, “Mãe, eu juro”, que ele assinou com o nome de seu cachorro, Peteleco, em parceria com Marques Filho, é recriada com emoção pela cantora baiana Marcia Castro.
A mineira Clara Nunes inicia o ciclo de louvações a “Mãe África”. A composição é do sanfoneiro paraibano Sivuca em parceria com o letrista carioca Paulo Cesar Pinheiro. Um dos primeiros sucessos do paraibano Chico César foi o reggae “Mama África”, que ele gravou em seu disco “Aos vivos”, em 1995. Jorge Benjor também tem a dele. “Mama África”, de seu disco “Benjor”, de 1989.
Em “Mãe”, a mineira Ceumar incensa a genitora, Wilmar, incluída no álbum “Meu nome”, de 2009. O paulista Sérgio Ricardo, em parceria com o cineasta do filme, o baiano Glauber Rocha, entoa, a capela, “A mãe”, da trilha do épico longa “Deus e o diabo na terra do sol”, de 1964.
E esta edição maternal do Bossamoderna desagua num instrumental e caudaloso “Choro de mãe”, composição e interpretação de Wagner Tiso, maestro do Clube da Esquina mineiro.
Bossamoderna vai ao ar todo domingo às 22h na MEC FM Rio. Envie seus pedidos de músicas, participação ou informações da programação também pelo Whatsapp (21) 99710-0537.