Bossamoderna deste domingo (15) oscila entre sim e não, afirmativas antípodas, que povoam os repertórios de modernistas de várias épocas e latitudes.
A paulistana Ana Cañas adverte: “Mandinga não”, parceria dela com Alexandre Fontanetti e Flavio Rossi. A dupla formada pela carioca Luli e a cuiabana Lucina questiona: “Porque sim, porque não”?, faixa título do disco que gravaram, em 1992. O novobaiano Moraes Moreira balança: “Pelo sim, pelo não”, composição dele, faixa do disco “Terreiro do mundo”, de 1993. “Pelo sim pelo não” também pendulam o paulista de Jundiaí, Claudio Nucci, e o capixaba Zé Renato, em parceria deles com Juca Filho.
“Um dia não, outro dia sim”, da carioca Fernanda Abreu, em faixa do disco “Da lata”, de 1995, tem participação de Daddae Harvey, do grupo Soul II Soul. A mato-grossense Tetê Espíndola retine a voz peculiar em dueto com Arrigo Barnabé em “Diga não”, parceria dela com Marta Catunda. A carioca de Nova Iorque, Bebel Gilberto, também endossa a negativa em “Nada não”, parceria com Masa Shimizu, em faixa do disco da cantora “Tudo”, de 2014.
O paulista de Pirajuí Tito Madi refuta: “Não diga não/ diga que sim”, dele com George Henry. Pérola obscura da parceria Tom Jobim e Billy Blanco, “Acho que sim” foi gravado por Elza Soares em 1961. Compositor e produtor sergipano, João Mello gravou com o Tamba Trio, em 1963, o disco “A bossa do balanço”, híbrido entre a bossa nova e o sambalanço. “O maior não” é parceria do potiguar Hianto de Almeida e Macedo Neto.
No CD “Triz”, de 2012, conjugam-se os talentos do pianista niteroiense André Mehmari e dos violonistas Chico Pinheiro, paulista, e Sérgio Santos, mineiro. “Sim”, parceria do trio é a primeira faixa. Do mesmo disco é a bossa lenta “Não”, de André e Sergio, com o mesmo trio, reforçado pelo baixo acústico de Neymar Dias e a bateria de Edu Ribeiro.
A cantora e compositora paulistana Vanessa Bumagny debulha o malmequer de sua parceria com Luiz Tatit, “Do meu jeito”. “Disse sim, mas na hora queria dizer não”. Em “Hei você”, o carioca Ivan Lins adverte com os parceiros Ronaldo Monteiro de Souza e Sidney Mattos: “Hei você que só sabe dizer não/ querendo e vive de ilusão/ o dono do sim é o coração”.
E este Bossamoderna pendular entre sim e não fecha na negativa, do primeiro disco da cantora e compositora Joyce Moreno, “Não muda não”, de 1968, que ela regravou em seu “Ao vivo”, de 2008.
Bossamoderna vai ao ar todo domingo às 22h na MEC FM Rio. Envie seus pedidos de músicas, participação ou informações da programação também pelo Whatsapp (21) 99710-0537.