Uma pesquisa, que conta com o apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e da Organização Holandesa para Pesquisa Científica (NWO), tenta identificar novo método de manejo da cana-de-açúcar para mitigar gases estufa.
Parte deste trabalho foi feito aqui no Brasil, pelo Instituto Agronômico (IAC) de São Paulo, com orientação do professor Heitor Cantarella. O Brasil Rural conversou com ele sobre o assunto, para entender mais sobre os avanços no cultivo da cana-de-açúcar.
Ouça a entrevista completa:
"O etanol de cana-de-açúcar precisa mostrar que é sustentável. E no processo de produção de ambos (etanol e da cana), um dos gases de efeito estufa produzidos é o óxido nitroso, que mesmo produzido em escalas menores, tem um poder de aquecimento global 300 vezes maior que o Co2", esclarece Heitor. "Daí o interesse muito grande em se medir, se avaliar essas emissões de óxido nitroso pois elas podem prejudicar a sustentabilidade do etanol."
Entre as alternativas encontradas para reduzir essas emissões está, por exemplo, o bom manejo do uso de fertilizantes. Nos últimos anos, a legislação brasileira passou a exigir que a vinhaça produzida nas usinas seja reaproveitada como fertilizante na própria lavoura de cana. Mas, apesar de ser rica em nutrientes, a substância não é capaz de suprir todas as necessidades da planta e precisa ser misturada com fertilizantes inorgânicos à base de nitrogênio.
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