O Brasil Rural desta sexta-feira (1º) fala sobre a produção de caju no Piauí. A safra de 2017 deve ser a maior dos últimos cinco anos. Para falar sobre o assunto, conversamos com o presidente da Central de Cooperativas de Cajucultores do PI (Cocajupi), Jocibel Bezerra.
Segundo Jocibel, o aumento foi de 30% a 40% em relação ao ano passado. Desde 2011, o início da colheita não era tão significativo. Na entrevista, ele comenta o problema da seca no estado e o trabalho que vem sendo feito junto às famílias de produtores da fruta.
A partir de 2011 houve redução dos hectares de cajú devido aos cinco anos de seca. As entidades que cuidam da cajucultura, incluindo a Cocajupi, estão buscando revitalizar os pomares, substituindo os cajus velhos e repondo os pomares junto com as famílias e através de programas do Governo. Com isso, já conseguiram recuperar 921 hectares.
As famílias agricultoras que tiveram o cuidado de molhar as plantas quando muito novas, conseguiram aproveitá-las mesmo com a estiagem. A previsão é de que no próximo ano a safra seja melhor do que a desse ano.
Segundo os estudos da Embrapa, a vida útil de um cajueiro é de quinze anos, mas existem algumas plantas que mesmo com dezessete anos produzem bem. De qualquer forma é recomendado fazer a reposição da planta depois dos quinze anos.
Ele fala também sobre a importância do Piauí na exportação do caju. Antes, o Piauí era somente fornecedora para o Ceará, hoje, exporta castanhas-de-caju para a Itália.E comenta sobre o aproveitamento do pedúnculo do caju, que é a fruta em si. Depois de retirada a castanha, o pendúculo era utilizado como ração animal, ou mesmo só deixado no solo para decomposição. Atualmente é aproveitado oito a nove quilos da polpa.
A safra do caju inicia-se em junho e dura até dezembro.
Acompanhe a entrevista completa no player abaixo.
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