Os grandes sambas de tocar no rádio

Neste terceiro programa da série “A Música do Carnaval" Ruy Castro, Heloisa Seixas e Julia Romeu dão espaço para os sambas de carnaval.

Ainda que a partir dos anos 1930 as marchinhas tenham reinado na folia, elas não reinaram sozinhas. Havia também os sambas, os grandes sambas de carnaval, que eram gravados especialmente para a época e tocavam no rádio sem parar. Não os confunda com os sambas-enredo, cantados pelas escolas de samba e que só começariam a ser gravados na década de 60. Ambos – sambas e marchinhas – foram os dois grandes gêneros carnavalescos até os anos 60. O samba não vinha só das escolas de samba. Todos os compositores importantes faziam tanto marchinhas quanto sambas de Carnaval. As composições eram gravadas em meados do segundo semestre e lançadas no fim do ano. Tocavam o tempo todo no rádio, o povo aprendia e, quando chegava o Carnaval, as multidões cantavam nas ruas. Esta era a magia do Carnaval.

Repertório:

 “Cidade maravilhosa”, de André Filho,  com Zaccarias e sua Orquestra

“A primeira vez”, de Bide e Marçal, com Orlando Silva

“Abre a janela”, de Arlindo Marques Júnior e Roberto Roberti, com Orlando Silva

“Meu consolo é você” , de Nássara e Roberto Martins, com Orlando Silva

“Agora é cinza”, de Bide e Marcal, com Mario Reis

“Se você jurar”, de Ismael Silva, Nilton Bastos e Francisco Alves, com Mario Reis

“Fita amarela”, de Noel Rosa, com Francisco Alves e Mario Reis

“Foi ela”, de Ary Barroso, Francisco Alves

“Solteiro é melhor”, de Rubem Soares e Felisberto Silva, com Francisco Alves

“Camisa amarela”, de Ary Barroso, com Aracy de Almeida

“Não me diga adeus”, de Paquito, Soberano e Correia da Silva, com Aracy de Almeida

“Atire a primeira pedra”, de Ataulfo Alves e Mario Lago, com Orlando Silva

“Leva, meu samba”, de Ataulfo Alves, com Ataulfo Alves

“Ó seu Oscar”, de Ataulfo Alves e Wilson Batista,  com Roberto Silva

“Helena, Helena”, de Antonio Almeida e Secundino, com Anjos do Inferno

“Deus me perdoe”, de Lauro Maia e Humberto Teixeira, com Ciro Monteiro

“O trem atrasou”, de Artur Vilarinho, Estanislau Silva e Paquito, com Roberto Paiva

“Até amanhã”, de Noel Rosa,  com João Petra de Barros