O Brasil Rural desta terça-feira,13, fala sobre uma pesquisa realizada pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da USP, que transforma dejetos de galinha e palha de cana-de-acúcar em biocarvão. O resultado disso ajuda na fertilização do solo e na diminuição de emissão de gases do efeito estufa.
Quem explica melhor esse processo é o professor da pós-graduação em Solos e Nutrição de Plantas na Esalq e orientador do trabalho, Carlos Eduardo Cerri. De acordo com a tese da aluna Sarah Vieira Novais, apresentada em janeiro deste ano, o biocarvão produzido é excelente também para a recuperação de águas e posterior reuso na agricultura.
Segundo Cerri, "esse biocarvão é como um carvão vegetal produzido em condições bem específicas. O que acontece hoje é que as pessoas não têm muito destino para o resíduo. Queremos, então, transformá-lo em algo interessante para o solo e a planta. Ele pode ser produzido a partir de qualquer matéria orgânica. No caso, utilizamos o cocô da galinha, mas pode ser também casca de arroz, pó de cerra e até lodo de esgoto. O carvão produzido traz uma série de características que não existiam antes na matéria-prima original, como a maior absorção de água e maior retenção de alguns nutrientes".
Ouça a entrevista no player abaixo.
O Brasil Rural vai ao ar, de segunda a sexta-feira, às 5h, pelas rádios Nacional AM Brasília e Nacional AM Rio; sábado, às 5h, pela Rádio Nacional do Alto Solimões e, às 7h, pelas rádios Nacional AM Brasília e Nacional da Amazônia