Lançado nos Estados Unidos, o filme “Muito além da Fordlândia” traz como tema a Amazônia e a pressão que a região sofre com o desmatamento por conta do agronegócio. Sobre esse documentário, o Brasil Rural desta sexta-feira (04) entrevista o professor, pesquisador do Instituto Nelson de Estudos Ambientais da Universidade de Wisconsin-Madison, diretor e produtor do filme, Marcos Colon.
Ouça a entrevista completa no player abaixo:
O filme faz uma leitura da região do Tapajós, na Amazônia, desde a chegada de Henry Ford, há 90 anos, para exploração da borracha na fabricação de pneus. A película nasceu do processo de produção da tese de doutorado de Marcos Colon.
O documentário enfatiza os processos coloniais do passado e do presente e lança luz sobre os impactos deixados pela exploração da floresta.
“A floresta amazônica está em perigo sim. O modelo atual do agronegócio da soja destrói a paisagem da floresta, contamina os lençóis freáticos e os peixes, e o índice de câncer na região é altíssimo”, ressalta.
Para ele, os impactos mais graves são o social e cultural na comunidade local. Ele explicou que são danos irreversíveis para essa população e, de acordo com ele, o "homem amazônico corre tanto perigo quanto a floresta".
Marcos comentou que o documentário foi bem recebido no exterior, mas ainda não teve repercussão no Brasil.
O diretor acredita que o DVD deve sair a partir de outubro e que o filme será disponibilizado nas redes.
O Brasil Rural vai ao ar, de segunda a sexta-feira, às 5h, pelas rádios Nacional AM Brasília e Nacional AM Rio de Janeiro; sábado, às 5h, pela Rádio Nacional do Alto Solimões e, às 7h, pelas rádios Nacional AM Brasília e Nacional da Amazônia.