Assunto recorrente entre os pesquisadores, o potencial da ressonância magnética nuclear (RMN) já vem sendo utilizado há mais de 50 anos na área agrícola. Sobre o tema, o Brasil Rural desta segunda-feira (23) conversou com o pesquisador da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), Francisco Guilhien. Segundo ele, a análise de imagem de sementes é bastante recente, embora a ressonância magnética já venha sendo utilizada pela medicina há um bom tempo.
"No Brasil, a USP de Piracicaba com a USP de São Carlos iniciou um projeto pioneiro, há cerca de 5 anos, para a área de tecnologia de sementes. A princípio, nós iniciamos o trabalho com sementes de soja e milho, dada a sua importância dentro da agricultura. Mas existe a possibilidade de se utilizar também para outras sementes. A RMN possibilita avaliar também características químicas e metabólicas daquele tecido. Portanto, ela é mais completa", esclarece o pesquisador na comparação com um simples raio-x.
O foco do trabalho de Francisco é atender os laboratórios que precisam fazer o controle de qualidade das sementes para comercializar ou disponibilizar ao produtor rural. A técnica utiliza a amostragem para validar o lote de sementes, por exemplo. Por enquanto, os equipamentos são muito caros, o que exige uma equipe multidisciplinar. Na entrevista, ele fala também sobre as aplicações para alimentos onde se utilizam equipamentos que não geram imagens: "são equipamentos mais baratos e portáteis", complementa.
Acompanhe a entrevista completa no player acima.
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