O Brasil Rural desta segunda-feira (01) entrevista o pesquisador da Embrapa Meio-Norte, Eugênio Araújo, sobre a cooperação técnica entre a Embrapa e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Piauí (FAPEPI) para viabilizar o cultivo da cajazeira.
O pesquisador explica a pesquisa lida com o desafio do cultivo do cajá, que é sair do sistema extrativista e tornar possível o cultivo sustentável. Além disso, busca soluções para a logística e para o chamado “domesticar a planta”, ou seja, trazer a espécie de seu estado selvagem para uma produção sustentável.
“Para todas as plantas, para que a gente faça o cultivo, nós temos que ter as plantas com características ideais, que a gente chama "ideótipo". Para o cultivo, além de outras características, é importante o porte. Esses cajás espontâneos, que estão no sistema extrativista, são plantas que têm uma altura máxima de 15 a 20 e até 30 metros. Isso gera dificuldade, principalmente, no sistema de colheira. Plantas nessas alturas você não consegue colher ela e espera que ela caia para poder colher, o que causa danificação do fruto", destaca Eugênio Araújo.
O especialista lembra ainda que a primeira tarefa do estudo é reduzir o porte da planta para que a colheita possa ser feita manualmente. Outro ponto é a questão de trabalhar técnicas da precocidade para viabilizar uma produção num prazo razoável e com produtividade maior.
O Piaui tem em torno de 74 hectares de áreas cultivadas de cajás, as primeiras no Brasil.
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